Atrasada
Ontem eu ouvi uma frase que me enfiou umas 228 toneladas de caraminholas na cabeça. Foi uma frase inocente que teve um tom de brincadeira, mas que me fez pensar sem parar há quase 24 horas (interruptas, claro, porque eu dormi uma noite muito bem dormida por sinal).
Talvez eu realmente tenha chegado atrasada. Como eu sempre faço, inclusive. Ou que, pelo menos, sempre parece acontecer comigo. Eu caio na noite quando já passei da idade, me formo quando todos já estão fazendo pós-gradução, tenho o primeiro namorado quando os demais estão casando... E conheço as pessoas mais especiais do mundo quando elas já estão comprometidas.
Como teria sido se eu o tivesse conhecido dois anos antes? Talvez teria sido o mesmo que é agora. Ainda lembro da noite em que eu fui apresentada à primeira dama: "Fê, esta é a ___, minha noiva. ___, esta é a Fê, a mulher que eu amo." Fiquei ruborizada na hora em que a frase foi dita. Ali era só começo.
Não, ele não fazia o meu tipo, nunca tinha me sentido atraída por ele. Ainda o etiquetava como "playboyzinho metido, folgado". Agora o acho lindo. Não só pela embalagem, mas pelo conteúdo. Não poderia imaginar a cumplicidade toda, sabe? Mas ela acontece.
Gestos simples mas que significam tanto pra mim fazem toda a diferença. Mãos dadas para pular na piscina, um abraço quente na nossa cachoeira. Isso sem mencionar aquele abraço no maior dos momentos de desespero, o meu choro na chuva silenciado por um sonoro eu te amo gritado no meio da rua, o miado seguido por um beijo, os banhos de tequila, a apresentação do novo cantinho quando era apenas um amontoado de pedras, a espera interminável pelo sofá que não chegava.
Definitivamente, eu cheguei atrasada. Chego a pensar que temos uma cumplicidade maior que a de muitos casais. Até por isso, de repente tenha sido boa a minha demora em chegar. Quero crer que nossa história foi escrita certa e que outro cara tão especial quanto ele vai cruzar o meu caminho. Este "tão especial" não significa que eu espero pro alguém idêntico. Não mesmo. Mas que eu espero por alguém que tenha tantas coisas bacanas e que me faça feliz de uma maneira especial. Do seu jeito. À sua maneira.
Talvez eu realmente tenha chegado atrasada. Como eu sempre faço, inclusive. Ou que, pelo menos, sempre parece acontecer comigo. Eu caio na noite quando já passei da idade, me formo quando todos já estão fazendo pós-gradução, tenho o primeiro namorado quando os demais estão casando... E conheço as pessoas mais especiais do mundo quando elas já estão comprometidas.
Como teria sido se eu o tivesse conhecido dois anos antes? Talvez teria sido o mesmo que é agora. Ainda lembro da noite em que eu fui apresentada à primeira dama: "Fê, esta é a ___, minha noiva. ___, esta é a Fê, a mulher que eu amo." Fiquei ruborizada na hora em que a frase foi dita. Ali era só começo.
Não, ele não fazia o meu tipo, nunca tinha me sentido atraída por ele. Ainda o etiquetava como "playboyzinho metido, folgado". Agora o acho lindo. Não só pela embalagem, mas pelo conteúdo. Não poderia imaginar a cumplicidade toda, sabe? Mas ela acontece.
Gestos simples mas que significam tanto pra mim fazem toda a diferença. Mãos dadas para pular na piscina, um abraço quente na nossa cachoeira. Isso sem mencionar aquele abraço no maior dos momentos de desespero, o meu choro na chuva silenciado por um sonoro eu te amo gritado no meio da rua, o miado seguido por um beijo, os banhos de tequila, a apresentação do novo cantinho quando era apenas um amontoado de pedras, a espera interminável pelo sofá que não chegava.
Definitivamente, eu cheguei atrasada. Chego a pensar que temos uma cumplicidade maior que a de muitos casais. Até por isso, de repente tenha sido boa a minha demora em chegar. Quero crer que nossa história foi escrita certa e que outro cara tão especial quanto ele vai cruzar o meu caminho. Este "tão especial" não significa que eu espero pro alguém idêntico. Não mesmo. Mas que eu espero por alguém que tenha tantas coisas bacanas e que me faça feliz de uma maneira especial. Do seu jeito. À sua maneira.
Labels: caraminholas, desabafo, mimimi